domingo, 24 de outubro de 2010

No banco do jardim


No banco de jardim,
o tempo se desfaz
e resta entre ruídos
a corola de paz.

No banco de jardim,
a sombra se adelgaça
e entre besouro e concha
de segredo, o anjo passa.

No banco de jardim,
o cosmo se resume
em serena parábola,
impressentido lume.


Carlos Drummond de Andrade

Um comentário:

  1. Lindo! Deu vontade de sentar neste banco...
    Um grande abraço, boa semana!

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