sexta-feira, 25 de junho de 2010

Chuva de vento

Imagem:www.paisagismobrasil.com.br
De que distância
chega essa chuva
de asas, tangida
pela ventania?

Vem de que tempo?
Noturna agora
a chuva morta
bate na porta.

(As biqueiras da infância, as lavadeiras
correm, tiram as roupas do varal,
relinchos do cavalo na campina,
tangerinas e banhos no quintal,
potes gorgolejando, tanajuras,
os gansos, a lagoa, o milharal.)

De onde vem essa
chuva trazida
na ventania?

Que rosas fez abrir?
Que cabelos molhou?

Estendo-lhe a mão: a chuva fria.


Mauro Mota

3 comentários:

  1. Silvia, belíssimo poema, mas (q pena!) não é meu!

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  2. Betty25/6/10

    Olha, fui pesquisar: é de Mauro Mota, poeta pernambucano.
    http://www.interpoetica.com/mauro_mota.htm

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  3. Obrigada pela ajuda. Houve um engano, realmente.

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