segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Se eu soubesse




Se algum dia eu soubesse que nunca mais veria você...

eu lhe daria um abraço mais forte.
Se eu soubesse que seria a última vez a ver você...

eu lhe daria um beijo e a chamaria para dar mais um.


Se eu soubesse que seria a última vez a ouvir a sua voz...

eu gravaria cada movimento e cada palavra,

para revê-los depois todos os dias.


Se eu soubesse que seria a última vez

que eu poderia parar mais um ou dois minutos

para dizer-lhe: "gosto de você"...

eu diria, ao invés de deixar que você presumisse.


Se eu soubesse que hoje seria o último dia

a compartilhar com você...

o sentiria muito mais intensamente

em vez de deixá-la simplesmente passar.


Sempre acreditamos que haverá o amanhã

para corrigir um descuido...

para ter uma segunda chance de acertar.


Será que haverá uma chance para dizer:

"posso fazer alguma coisa por você"?


O amanhã não é garantido para ninguém,

seja para jovens, ou mais velhos,

e hoje pode ser a última chance de abraçarmos

aqueles que amamos.
Então, se estamos esperando pelo amanhã,

por que não agirmos hoje?


Assim, se o amanhã nunca chegar,

não teremos arrependimentos

de não termos aproveitado um momento para um sorriso,

para um abraço, para um beijo, uma gentileza,

porque estávamos muito ocupados para dar a alguém

o que poderia ser o seu último desejo.


Abracemos hoje aqueles que amamos,

sussurremos em seus ouvidos,

dizendo-lhes o quanto nos são caros

e que sempre os amamos.


Encontremos tempo para dizer:

"Desculpe-me", "Perdoe- me", "Obrigado", "Eu perdôo você".


Sempre há tempo para amarmos.
Sempre haverá tempo para dizer o quanto eu gosto de você!


Geraldo de Azevedo

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