sábado, 2 de março de 2013

Ronda




O toque do sino
o latido do cão
o ruído de passos.
É tudo tempo pretérito
que conjugaremos até a morte?
Que noite é essa
que amanhã reconheceremos?
Que corpo é esse
que não é o nosso?
Em que pensamos nessa madrugada
de sombras que se arrastam até o futuro
onde logo mais estaremos e não estaremos?
Quem somos nós aqui
que já não recordamos?
Que tempo passa e não passa
ó almas que não dormem nunca?

Lenilde Freitas

2 comentários:

  1. Lindissimo poema.
    Beijinhos
    Maria

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  2. Sílvia: Adorei lindo parabéns para as duas flores
    Beijos
    Santa Cruz

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