sábado, 12 de março de 2011

Poema transitório



(...) é preciso partir
é preciso chegar
é preciso partir é preciso chegar...

Ah, como esta vida é urgente!

... no entanto
eu gostava mesmo era de partir...
e - até hoje - quando acaso embarco
para alguma parte
acomodo-me no meu lugar
fecho os olhos e sonho:
viajar, viajar
mas para parte nenhuma...
viajar indefinidamente...
como uma nave espacial perdida entre as estrelas.

Mário Quintana

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