domingo, 16 de junho de 2013

Solidão






Trêmulas jangadas,

sempre sossegadas

sobre as ondas mansas:

por que não partis?

Que áureas esperanças

sopram no mar largo,

chegam como pássaros,

ninguém sabe de onde?



Trêmulas jangadas,

sempre sossegadas

sobre as ondas mansas:

que evocais ao luar?

Velhas esperanças,

chama que se finda,

ou vossa amargura,

mais íntima e pura,

vem da luz que ainda

bóia sobre o mar?



Trêmulas jangadas,

sempre abandonadas:

por que não largais?

Que áureas esperanças

vão para o mar largo,

voam como pássaros,

sobre as ondas mansas

para nunca mais!




Emílio Moura


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Adoro saber tua opinião!
Obrigada por participar.