domingo, 3 de abril de 2011

Canção do amor imprevisto


Eu sou um homem fechado.

O mundo me tornou egoísta e mau.

E a minha poesia é um vício triste,

Desesperado e solitário

Que eu faço tudo por abafar.

Mas tu apareceste com a tua boca fresca de madrugada,

Com o teu passo leve,

Com esses teus cabelos...

E o homem taciturno ficou imóvel, sem compreender nada, numa alegria atônita…

A súbita, a dolorosa alegria de um espantalho inútil

Aonde viessem pousar os passarinhos.

Mário Quintana

2 comentários:

  1. O físico se foi, mas ele permanece vivo em nós através de suas poesias.
    Parabéns pela escolha!
    Um abraço e boa semana!!!

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  2. Olá amiga!
    Aqui vim lhe ler e encontro mais um belo poema.
    Fiaca co Deus...
    Um beijão.

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