terça-feira, 30 de março de 2010

Monte Castelo

Ainda que eu falasse a língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria.

É um não querer mais que bem querer
É solitário andar por entre a gente
É um não contentar-se de contente
É cuidar que se ganha em si perder.

É um estar-se preso por vontade
É servir a quem vence o vencedor
É um ter com quem nos mata lealdade.
Tão contrário a si é o mesmo amor.

Estou acordado e todos dormem, todos dormem, todos dormem
Agora vejo em parte
Mas então veremos face a face.

É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade
Ainda que eu falasse a língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria.

Renato Russo (recortes do Apóstolo Paulo e de Camões)


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