
Ornamento figuras
na barra dos tecidos
e prefiro as impuras
de irônicas agulhas
e não acerto a mão
nas fofuras de algodão
Exerço sórdida trama
em ponteio da seda
com um toque suave
do tipo que clama
por mais delicadeza
Encubro as agruras
com mimos de lã macia
como verso em poesia
em laçadas de beleza
na urdidura das linhas
E bordo as entrelinhas
com a frieza do metal
meu traçado diagonal
entrelaça as incertezas
as suas e as minhas
Uso ponto rococó
para matar o caseado
arremato com um nó
o motivo que traduz
tudo o que foi forjado
em ponto cruz.
Wasil Sacharuk
Que legal Silvia, adoro bordar e esses versos parecem que foram para mim...
ResponderExcluirBeijos e abraços!