
E aqui estou, cantando.
Um poeta é sempre irmão do vento e da água:
deixe seu ritmo onde passa.
Venho de longo e vou para longe:
mas procurei pelo chão os sinais do meu caminho
e não vi nada, porque as ervas cresceram e as serpentes andaram.
Também procurei no céu a indicação de uma trajetória,
mas houve sempre muitas nuvens.
E suicidaram-se os operários de Babel.
Pois aqui estou, cantando.
Se eu nem sei onde estou,
como posso esperar que algum ouvido me escute ?
Ah! se eu nem sei quem sou,
como posso esperar que algum ouvido me escute ?
Ah! se eu nem sei quem sou,
como posso esperar que venha alguém gostar de mim ?
Cecilia Meireles
Um poeta é sempre irmão do vento e da água:
deixe seu ritmo onde passa.
Venho de longo e vou para longe:
mas procurei pelo chão os sinais do meu caminho
e não vi nada, porque as ervas cresceram e as serpentes andaram.
Também procurei no céu a indicação de uma trajetória,
mas houve sempre muitas nuvens.
E suicidaram-se os operários de Babel.
Pois aqui estou, cantando.
Se eu nem sei onde estou,
como posso esperar que algum ouvido me escute ?
Ah! se eu nem sei quem sou,
como posso esperar que algum ouvido me escute ?
Ah! se eu nem sei quem sou,
como posso esperar que venha alguém gostar de mim ?
Cecilia Meireles
Imagem: www.1000imagens.com
Silvia, amei o seu espaço, liindo! Voltarei mais vezes para apreciar a leitura do mesmo, já estou te seguindo...
ResponderExcluirQue possamos continuar propagando coisas boas, que façam bem ao coração e favoreça a mudança em cada um através da reflexão. Josélia Coringa_ Rio Grande do Norte
Quando puder, visite-me também
www.falandodesaberes.blogspot.com